Guerra Rússia-Ucrânia

Príncipe Harry visita Kiev e promete ajudar feridos de guerra

O duque de Sussex integra a comitiva da Fundação Invictus Games, que tem como objetivo ajudar à recuperação de veteranos de guerra através do desporto.

Alberto Pezzali/AP Photo

Lusa

Marta Ferreira

O príncipe Harry, filho do rei Carlos III, chegou esta sexta-feira a Kiev para uma visita surpresa a militares feridos na guerra. Em declarações ao jornal britânico Guardian, Harry, que integrou as forças do Reino Unido no Afeganistão, destacou a necessidade de "ajudar no processo de recuperação" dos feridos de guerra.

No início deste ano, estimava-se que a guerra na Ucrânia já tivesse deixado cerca de 130 mil pessoas com deficiências permanentes — e o governo agora colocou a reabilitação através do desporto no centro de sua política de ajuda aos veteranos.

O duque de Sussex integra a comitiva da Fundação Invictus Games, que tem como objetivo ajudar à recuperação de veteranos de guerra através do desporto. À imprensa britânica, anunciou novas medidas de apoio.

Em entrevista ao Guardian num comboio noturno para a capital, Harry afirmou que "não podemos parar a guerra", mas "podemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar no processo de recuperação".

"Podemos continuar a humanizar as pessoas envolvidas nesta guerra e o que elas estão a passar. Temos de manter isso na mente das pessoas. Espero que esta viagem ajude a sensibilizar as pessoas, porque é fácil ficar insensível ao que se tem passado", acrescentou.

O plano, que ainda está a ser desenhado, prevê ações em todo o território da Ucrânia. Durante a estadia, prevê-se que o príncipe se encontre com a primeira-ministra ucraniana.

Harry foi convidado a visitar Kiev por Olga Rudnieva, fundadora e CEO do "Superhumans", um centro de reabilitação em Lviv, na Ucrânia, que se transformou numa referência na Ucrânia.

Guerra dura há três anos

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já causou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia a cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado, em ofensivas com drones, alvos militares em território russo e na península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo em 2014.

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