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"Hero Arm": empresa britânica testa próteses em feridos de guerra na Ucrânia

Dois soldados ucranianos que perderam a mão e o braço após serem feridos por minas, tornaram-se os primeiros a receber as próteses biónicas de última geração.

STRINGER

Elisa Macedo

Ana Isabel Pinto

A Open Bionics, uma start-up britânica de próteses, apresentou a funcionalidade de seu membro biónico "Hero Arm" na cidade de Lviv, no oeste da Ucrânia. Dois soldados ucranianos que perderam a mão e o braço após serem feridos por minas, tornaram-se os primeiros a receber os braços biónicos de última geração.

Designada por "Hero Arm" ("braço herói", em português), a prótese impressa em 3D tem dedos e polegares móveis controlados por sensores elétricos que registam os impulsos gerados pelos músculos.

A trabalhar em conjunto com Superhumans, uma instituição de caridade ucraniana que financia a construção de um centro de reabilitação perto de Lviv, a Open Bionics, que desenvolveu a primeira mão biónica impressa em 3D clinicamente aprovada do mundo, espera entregar próteses a milhares de pessoas que foram feridas durante a guerra na Ucrânia.

O soldado ucraniano Andrii Gidzun, de 29 anos, que perdeu o antebraço direito em combate, apresentou a sua prótese, desenhando a bandeira ucraniana.

"Posso fazer várias tarefas simples com esta prótese, posso segurar alguma coisa com a mão, como por exemplo um saco de compras", disse Gidzun, em entrevista à agência Reuters.

O Superhumans Center, especializado em ortopedia para o tratamento e reabilitação de vítimas de guerra, foi criado nas instalações do já existente Hospital Regional de Lviv para veteranos de guerra e deverá ser inaugurado em abril.

O promotor do projeto é Andrii Stavnitser, um empresário de Odessa. Do conselho de administração da clínica faz parte Olena Zelenska, mulher do Presidente ucraniano. O cantor Sting e o empresário britânico Richar Branson estão entre os financiadores do projeto.

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