Donald Trump e Emmanuel Macron estiveram frente a frente na Casa Branca, na emblemática Sala Oval partilharam momentos de descontração. Entre sorrisos e abraços, os Presidentes norte-americano e francês tentaram disfarçar a divisão transatlântica relativamente à Ucrânia, com Macron a salientar a importância de um acordo "rápido, mas não frágil" que respeite a soberania do país e ofereça "garantias de segurança" a Kiev. O Presidente francês disse ainda que afinal Trump tem boas razões para retomar o diálogo com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Depois desta viagem de Macron a Washington, o Conselho Europeu reune-se amanhã para alinhar uma resposta europeia. É neste ponto que começa a análise à atualidade internacional, com Manuel Poêjo Torres.
"Macron neste momento serve um pouco como paladino da Europa. E mostrou ter a convicção e mostrou ter o sentido de espírito e de Estado suficiente para, durante esta reunião com Donald Trump, conseguir corrigi-lo.
Donald Trump dizia, durante esta reunião, que enquanto que os Estados Unidos ofereciam 500 mil milhões, a Europa oferecia 100 mil milhões. São números inventados sem qualquer tipo de realidade prática.
Macron conseguiu corrigir Donald Trump explicando que a Europa, desde 2014, nem desde 2022, desde 2014, que tem ajudado a Ucrânia naquilo que é um combate contra a guerra assimétrica promovida pelos russos e que a Europa tem apostado, tem com muita solidariedade, oferecido cerca de 175 mil milhões de dólares, enquanto que os Estados Unidos, em todo o bolo, ofereceram apenas 105.9 mil milhões de dólares. Portanto, sim, existem aqui diferenças e, de facto, Donald Trump foi corrigido em direto e não teve capacidade de resposta", sublinha o comentador da SIC.