O exército ucraniano recuperou três quilómetros de território próximo de Bakhmut, no leste da Ucrânia, um dos alvos da atual contraofensiva das forças de Kiev. Conquista que o próprio país considera ser “muito pouco”.
No domingo, um bombardeamento russo na região de Kherson matou pelo menos seis pessoas. O bombardeamento causou a morte de três adultos e um bebé de 23 dias.
Kherson é uma das quatro regiões da Ucrânia que o Presidente russo, Vladimir Putin, reivindicou numa anexação do território ucraniano realizada em setembro de 2022. Agora está sob controlo ucraniano, mas é regularmente alvo de bombardeamentos russos.
Os constantes ataques mostram que a “Rússia não tem, afinal de contas, o tal objetivo de fixar as quatro regiões. Tem o objetivo de continuar a bombardear toda a Ucrânia, portanto, um objetivo maximalista”, referiu Germano Almeida.
Este bombardeamento estabeleceu um marco, “este fim de semana, passou a marca das 500 crianças mortas desde o início desta guerra, sendo esta a dimensão do crime russo”, disse o comentador.
"Desde o início da contra ofensiva ucraniana e já lá vão dois meses e meio, só reconquistaram a zona em redor de Bakhmut que são cerca de 40 km²". Ora, a Rússia ocupa cerca de 100 mil km² na Ucrânia, o que representa cerca de 20% do território", explicou Germano Almeida.
Para Germano Almeida, comentador da SIC, o tipo de contra ofensiva usada pela Ucrânia não ajuda “a obter resultado de expulsar tropas russas”, contudo “a Ucrânia está a identificar vulnerabilidades na linha defensiva russa, de modo a surpreendê-los”.
O esforço que os ucranianos estão a fazer é complexo e tem tido “avanços e recuos, mas é preciso perceber que [conquista de território] vai demorar algum tempo”.