Germano Almeida, comentador da SIC, considera que o objetivo da Rússia continua a ser "impedir que a Ucrânia tenha uma vida normal". Na Edição da Manhã, sugere que haja uma "aliança não assumida" entre a China e o Irão de ajuda à Rússia. Refere ainda que a Krimeia é fundamental para Kiev "colocar problemas" a Moscovo.
A Ucrânia diz que repeliu ataques de mísseis e drones russos na região sul de Odessa. Para Germano Almeida, "claramente" que o objetivo da Rússia continua a ser "ocupar toda a Ucrânia" e "impedir que seja um país soberano e independente", quase um ano e meio de guerra depois. Até porque Odessa é uma região balnear, com as praias a abrirem nos últimos dias.
"Então a Rússia tem o objetivo de manter as quatro regiões ocupadas? Não. Odessa é na ponta sudoeste, a terceira maior cidade ucraniana, maior porto marítimo da Ucrânia, bem longe desse Oblast", refere.
Na Edição da Manhã, o comentador da SIC aponta para "cada vez mais suspeitas" de uma "aliança não assumida" entre a China e o Irão na ajuda à Rússia.
"Há uma altura no primeiro ano de guerra que parecia que a Rússia estava a ter problemas na ofensiva. Foi fundamental a entrada de drones ucrânianos. Passa essencialmente pela capacidade da Rússia começar a produzir drones iranianos que possam ser russos com adaptação aos seus interesses", afirma.
Sobre a ponte da Crimeira, considera que é um ponto essencial para Kiev - que tem uma contraofensiva "complexa e bastante demorada" a nível terrestre - "colocar problemas" à Rússia.
"A nível terrestre, os ganhos ucranianos vão ser demorados e mais imprevisíveis (...). A Ucrânia tentará pelo ar algo que por terra não está a conseguir", diz.
Em relação ao grupo Wagner, cujo financiamento passará a ser feito pela Bielorrússia depois de a Rússia deixar de o financiar, Germano Almeida considera que é o "grande mistério do verão".