Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia com dificuldades na contraofensiva e com perdas "maiores do que o previsto"

O comentador da SIC Germano Almeida analisa as dificuldades da contraofensiva ucraniana, os prometidos pacotes de ajuda militar e influência na guerra das próximas eleições norte-americanas.

Germano Almeida

SIC Notícias

As autoridades ocidentais dizem que a Ucrânia está com grandes dificuldades na contraofensiva e com perdas surpreendentes. Em declarações à CNN, um alto funcionário americano reconhece a dificuldade de Kiev em romper as linhas defensivas russas, mas mantém a esperança de novos progressos.

“A contraofensiva não está a correr como nós queríamos. Está a demorar, não começou bem para a Ucrânia”, reconhece Germano Almeida. “Houve, de facto, perdas maiores do que o previsto na fase inicial. Não só humanas mas também a nível de material”.

A Ucrânia começou a contraofensiva, há mais de dois meses, "não com o que precisava”.

A Rússia teve mais tempo para se preparar, em relação ao ano passado, “para essa contraofensiva [ucraniana] e fê-lo de forma mais eficaz, por exemplo, o facto de terem minado mais de 1000 km de linha de defesa com indicações de cerca de três a cinco minas por metro quadrado”.

A Rússia tem pelo menos três linhas de defesa, o que leva a que a Ucrânia tenha uma maior dificuldade de romper linhas em relação ao ano passado, considera Germano Almeida

“A Ucrânia está a apostar em romper o corredor terrestre que que a Rússia tem desde o Donbass até ao corredor sul e a Crimeia ali é fundamental”.

Novos pacotes de ajuda militar à Ucrânia

Os Estados Unidos vão fornecer à Ucrânia mais 200 milhões de dólares em armas e munições, para apoiar a contraofensiva ucraniana que tem encontrado obstáculos significativos para contrariar a defesa russa, adiantaram esta quarta-feira fontes do governo norte-americano.

“Há indicações que a Alemanha está a preparar um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, também os Estados Unidos, embora ainda não com exatamente aquilo que a Ucrânia precisava”.

No que respeita os EUA, “está longe de ser certo que venha acontecer já neste pacote" (…) os mísseis táticos americanos de longo alcance.

No pacote da Alemanha, “há de facto mais sistemas Patriot que são importantes também drones de reconhecimento, munições, há coisas que o Presidente Zelensky referiu que vai salvar muitas vidas, mas ainda não está os mísseis Taurus, de alcance ainda maior que os táticos americanos”.

Últimas