Apesar das adoções internacionais serem proibidas durante conflitos armados, milhares de órfãos ucranianos foram transferidos à força para a Rússia. A organização Save Ukraine diz que já resgatou 200 crianças desde que a guerra começou.
Ilona Pavliuk, uma órfã ucraniana, diz que não terminou a escola, nem sequer tem documentos e, por isso, é “considerada inútil”. Órfã de mãe há 10 anos, acabou também por perder o pai há um mês. Ilona explica que percebeu, logo de imediato, que iria ser levada à força pra a Rússia.
“Iam dar-me um passaporte russo e colocar-me-iam num orfanato”, conta.
Os seus irmão foram resgatados pela Save Ukraine.
O fundador da organização não governamental explica que “é muito mais difícil trazer de volta uma criança órfã”, porque é lhes atribuído um tutor legal para substituir o anterior que tinham na Ucrânia.
Ilona e irmão estão, agora, em Kiev e quando receberem passaportes vão viver com a ex-mulher do pai, que está refugiada na Eslováquia.