Kiev afirma ter repelido ataques de mísseis e drones russos na região sul de Odessa durante a noite de domingo para segunda-feira, mas três pessoas ainda ficaram ficaram feridas, disse o exército ucraniano.
"O inimigo atacou a região de Odessa três vezes durante a noite, (lançando) duas vagas de drones de ataque, num total de 15 (drones) e 8 mísseis" do tipo Kalibr, disse o Comando Operacional ucraniano para o sul do país no Telegram, acrescentando que todos os ataques foram repelidos pela defesa aérea.
De acordo com o exército de Kiev, o dormitório de um estabelecimento de treino e uma loja foram danificados por destroços resultantes da destruição de mísseis "direcionados ao centro de Odessa".
“Três funcionários do supermercado ficaram feridos” segundo informações iniciais e receberam atendimento médico, informou o Comando.
Janelas, varandas de vários prédios e carros estacionados nas proximidades também foram danificados pela "onda de choque" e dois incêndios ocorreram, disse o exército.
Fotos e vídeos publicados no Telegram pelo exército mostram os bombeiros a tentar extinguir as chamas num edifício civil.
Noutras redes sociais são vários os vídeos e fotos das consequências dos bombardeamentos.
Número de ataques no Mar Negro aumentou em ambos os lados nas últimas semanas
O exército russo atacou repetidamente a cidade portuária de Odessa, mas também os portos fluviais de Izmail e Reni, ataques denunciados por Kiev como forma de impedir as suas exportações.
Em meados de julho, Moscovo pôs fim ao acordo que permitia aos cereais ucranianos, desde o verão passado, deixar os portos do sul do país, apesar do bloqueio imposto pela Rússia.
Moscovo alertou que qualquer navio entrando ou saindo dos portos ucranianos seria considerado um alvo em potencial. Kiev prometeu o mesmo para os navios russos.
No domingo, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou que um navio de guerra russo disparou tiros de advertência contra um cargueiro que se dirigia para o porto de Izmail.
Segundo Moscovo, o capitão deste navio de pavilhão de Palau, o Sukru Okan, não reagiu a uma ordem de paragem para "uma inspeção relativa ao transporte de mercadorias proibidas". O cargueiro foi depois autorizado a continuar o caminho para o porto ucraniano, segundo a Rússia.