A cimeira da Nato em Vilnius, na Lituânia, arranca esta terça-feira e será dominada pela guerra da Ucrânia e pelos pedidos de adesão de Kiev e de Estocolmo. A Rússia disse esta segunda-feira que a entrada da Ucrânia na organização é “um perigo” e prometeu uma resposta clara e firme.
Mil soldados de dezasseis países da Nato estão já destacados em Vilnius e, para a proteção da capital lituana, foram ainda ativados oito lançadores de mísseis Patriot.
Ainda na fronteira entre o Estado báltico e a vizinha Bielorrússia, onde entraram em junho armas nucleares da Rússia, vigora já o nível máximo de alerta. Os guardas fronteiriços estão já a postos, de forma a conseguirem lidar com qualquer situação anómala que surja no decorrer do evento.
Esta será uma cimeira dominada pela resposta da NATO à guerra da Ucrânia e pelos pedidos de adesão de Kiev e de Estocolmo à maior aliança militar do mundo.
O aviso da Rússia
No entanto, na véspera da reunião magna de Vilnius, a Rússia deixou já o aviso sobre a adesão de Ucrânia à Nato:
“Conhecem a posição absolutamente clara e coerente da Federação Russa de que a adesão da Ucrânia à NATO teria consequências muito, muito negativas para a arquitetura de segurança, a arquitetura de segurança já meio destruída, na Europa. Será um perigo absoluto, uma ameaça para o nosso país, que nos obrigará a reagir de forma muito clara e firme”, clarificou Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.
A criação de um novo Conselho
Apesar das pressões de Kiev, em Vilnius deverá ser decidido apenas o reforço da cooperação militar, com a criação de um Conselho NATO. E a presença da Ucrânia será uma certeza, avançam já alguns diplomatas envolvidos nesta cimeira.
A véspera da cimeira está já marcada por encontros bilaterais, pela promessa alemã de mais ajuda militar a Kiev e pelo anúncio do reforço militar nos países do Báltico.