Guerra Rússia-Ucrânia

"Os caças podem ser uma arma determinante para a contraofensiva" por parte da Ucrânia

Pedro Cordeiro, editor de Internacional do Expresso, faz a análise dos últimos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia e da vitória de Erdogan na Turquia.

SIC Notícias

Kiev volta ser um dos principais alvos dos bombardeamentos russos, com mais uma madrugada de ataques. Drones e mísseis atingiram a capital da Ucrânia. Durante o fim de semana, Kiev foi alvo do maior ataque com drones desde o início da guerra na Ucrânia. Pelo menos duas pessoas morreram. Depois destes últimos ataques, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, volta a acusar a Rússia de terrorismo. Na Turquia, Recep Tayyip Erdogan foi reeleito Presidente, venceu a segunda volta com 52 por cento dos votos. Estes são os temas em análise pelo editor de Internacional do Expresso, Pedro Cordeiro.

A contraofensiva da primavera por parte da Ucrânia para recuperar território ocupada pela Rússia é aguardada há várias semanas. Pedro Cordeiro realça que , “do lado russo há uma tentativa de impedir que essa contraofensiva se desenrole, atacando nas regiões orientais e na capital. Vive-se nesta tensão que já se prolonga há uma semanas”.

Em relação à estratégia da Ucrânia, tudo indica que o envio de caças possa ser “uma arma importante e determinante para a contraofensiva”, defende o editor de internacional do Expresso. Há informações de que os militares ucranianos estão a receber formação e, por isso, será "uma questão de tempo para fornecer caças à Ucrânia”.

“Os caças podem ser uma arma importante e determinante para a contraofensiva, pode a espera por essa contraofensiva dever-se a uma expectativa real por parte de Zelensky de que em breve essa decisão seja tomada. Não sabemos se vai ser tomada em breve, mas sabemos que estamos muito mais perto dessa decisão hoje do que aqui há uns meses quando parecia impensável”, explica Pedro Cordeiro.

Eleições na Turquia

Recep Tayyip Erdogan foi reeleito Presidente da Turquia, venceu a segunda volta com 52 por cento dos votos. Para o novo mandato fica a promessa de baixar a inflação no país.

O Presidente turco reeleito realça que estas eleições serviram para passar a mensagem de que “ninguém pode esconder os feitos da Turquia”.

Pedro Cordeiro sublinha a importância da Turquia pelo papel na guerra na Ucrânia e pela sua
posição geográfica e considera que “Erdogan puxa pelos feitos da Turquia porque este é o ano em que o país faz 100 anos e era mto importante para Erdogan estar no poder na comemoração do centenário”.

Na opinião do editor de Internacional do Expresso, apesar do terremoto e das respostas pouco eficazes, apesar da crise económica, do autoritarismos e “por mais que se critique, é um feito inegável que Erdogan tenha ganho estas eleições”.

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