Guerra Rússia-Ucrânia

Cimeira do G20: ambiguidade da Índia e tensão EUA-China

Germano Almeida analisa as relações internacionais que marcam a cimeira do G20. O comentador, lembra que a Índia, o país que preside atualmente ao G20, tem relações próximas com a Rússia e com os Estados Unidos.

Germano Almeida

Os países do G20 reúnem-se numa cimeira na Índia, numa altura em que, além da guerra na Ucrânia, a tensão entre os Estados Unidos e a China tem vindo a aumentar. Para Germano Almeida, comentador SIC, este encontro “mostra que este momento não é de união, é de divisões entre as grandes potências”.

Sobre a posição da China, o comentador sublinha que o Governo norte-americano é “muito claro” a afirmar que não irá acolher a proposta de paz avançada por Pequim. A China tem assumido uma posição de ambiguidade no conflito, mas não é o único país a fazê-lo: a Índia, que é atualmente o país que preside ao G20, também não condenou a invasão.

A posição de ambiguidade da Índia face à guerra na Ucrânia deve-se à proximidade com a Rússia – devido a relações comerciais e militares – e, por outro lado, à aliança com os Estados Unidos no indo-pacífico.

“A Índia não terá vantagem em ter uma posição clara de condenação à Rússia, mas também falando de uma espécie de paz”, afirma Germano Almeida.

Sobre as negociações para alcançar a paz na Ucrânia, o comentador lembra o recente ataque da Rússia em Zaporíjia, que atingiu edifícios civis e provocou a morte a três pessoas.

“É preciso perceber que a única paz possível é travar a Rússia, não é acreditar e negociar com um agressor assim”, remata.

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