Guerra no Médio Oriente

Novos ataques israelitas agravam crise humanitária em Gaza

O incidente ocorre num contexto de crescente crise humanitária, com as agências das Nações Unidas a expressarem preocupação sobre a situação no território.

Sofia Arêde

27 pessoas terão morrido em Gaza, junto a um posto de distribuição de ajuda humanitária. O número é avançado pelo Hamas e não foi confirmado por Israel, que, no entanto, admite ter disparado sobre indivíduos suspeitos.

20 meses após o início da ofensiva israelita na Faixa de Gaza, e com mais de 54 mil mortos registados, as agências humanitárias das Nações Unidas deixaram de usar palavras diplomáticas para descrever a situação no território palestiniano.

Jeremy Laurence, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, comentou os relatos de mais um incidente mortal junto a um posto de distribuição de ajuda.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que 27 pessoas morreram e centenas ficaram feridas, atingidas por forças israelitas.

Telavive não confirma os números e afirma estar a investigar o caso. Alega que, após alguns civis se terem desviado da rota previamente estabelecida para a recolha de ajuda, foram disparados tiros para o ar.

Um médico australiano voluntário no hospital de Khan Younis relata que as vítimas mortais apresentavam ferimentos de bala no peito e na cabeça, e que a unidade de saúde se encontra sobrelotada de feridos.

Aparentemente indiferente aos apelos internacionais, o governo israelita continua a expandir a ofensiva terrestre para novas zonas do território. Segundo várias fontes, estará já próximo de controlar cerca de 80% das ruínas de Gaza.

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