Europeias 2024

Resultado da IL foi só mérito do candidato? Cotrim de Figueiredo garante que não

A direção da Iniciativa Liberal acredita que o resultado das eleições europeias mostra que a liderança de Rui Rocha está consolidada. Mas há críticos internos que admitem apresentar uma candidatura alternativa na convenção de janeiro.

Amanda Martins

Paulo Tavares

É no rescaldo desta vitória, que se começa a pensar no futuro. A Iniciativa Liberal (IL) estreia-se no Parlamento Europeu com dois eurodeputados depois de 358 mil votos. São mais 39 mil do que nas legislativas de há três meses. Será mérito do candidato?

João Cotrim de Figueiredo diz que não, até porque não seria candidato se Rui Rocha não o tivesse escolhido.

"É marca IL que teve oportunidade de fazer o que não pôde fazer em março", disse aos jornalistas.

Rui Rocha, atual presidente do partido fala no começo de um "ciclo da afirmação ainda mais profunda, ainda mais convicta, ainda mais ambiciosa da IL".

A afirmação do partido é também da atual liderança. É assim que os membros da direção veem o resultado destas eleições.

É uma vitória do partido. A Iniciativa Liberal atualmente tem uma comissão executiva que acabou de completar um ciclo que me parece muito importante, que é termos representação em todos os parlamentos", explica Bernardo Blanco, deputado e vice-presidente da IL.

Com o destino de Cotrim a passar por Bruxelas, e já sem Carla Castro, a candidata à liderança, que foi derrotada e abandonou o partido, os próximos meses podem ser de construção de uma alternativa interna.

Tiago Mayan é o nome mais sonante. Depois de ter apresentado um manifesto para dar outro rumo ao partido e de ter até assumido disponibilidade para concorrer. O ex-candidato presidencial diz que "os próximos 6/7 meses no partido serão cruciais, tendo em conta que em julho teremos uma convenção para discutir estatutos e programa politico, mas também criação de uma alternativa à liderança, e acima de tudo são os membros que terão de avaliar a atual direção do partido".

A atual direção só vai a teste daqui a meio ano, na nova convenção nacional, que deve acontecer em janeiro. Até lá falta saber se Rui Rocha vai candidatar-se.

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