Luís Montenegro aproveitou a campanha das eleições europeias para atacar os adversários das eleições regionais da Madeira. O presidente do PSD esteve, esta segunda-feira, em Évora, ao lado de Sebastião Bugalho.
Montenegro entra na campanha da Aliança Democrática (AD) logo no primeiro dia. Desce com Sebastião Bugalho uma rua em Évora que ele próprio desceu há uns meses. Na altura, conseguiu ganhar as legislativas, mas agora agarra-se às probabilidades para mostrar que as europeias podem ser mais difíceis de ganhar.
“O nosso desafio é difícil porque nós vencemos quatro eleições seguidas, e não é fácil vencer cinco. Mas nós estamos a lutar por isso”, afirmou o líder social-democrata.
“De facto, ganhar tudo é sempre difícil, mas não é impossível”, defendeu, depois, o cabeça de lista da AD nestas europeias, Sebastião Bugalho. “Será ainda mais difícil para os outros, se perderem todas estas eleições.”
O aparato que traz à janela quem está habituado a dias mais tranquilos na cidade está relacionado com a campanha para as eleições europeias de 9 de junho. Mas quem ouve o líder do partido até pode pensar que as legislativas é que estão aí à porta.
“Há até quem diga, talvez com algum exagero, que nós fizemos mais em 40 e tal dias do que se fez anteriormente em 3050”, atirou Luís Montenegro, em plena campanha para as europeias.
No discurso, vai a quase todas as áreas para puxar pelo governo que lidera. Fala de saúde, educação, habitação, cultura e agricultura. Mas garante que não é com as eleições em mente que o faz.
“Se alguém pensa que nós estamos tão dinâmicos porque há eleições no dia 9 [de junho], desengane-se. Porque nós, no dia 10 e no dia 11, qualquer que seja o resultado, estaremos com a mesma dinâmica”, assegurou.
Uma dinâmica que afirma que não se vai quebrar, nem com os efeitos das regionais da Madeira – onde acusa os socialistas de “geringonçarem”, apesar de “perderem”.
Bugalho passará de independente a militante?
O cabeça de lista da Aliança Democrática às eleições europeias não tem cartão de militante de nenhum dos três partidos que fazem parte da coligação, mas, por vontade do líder do PSD, essa é uma questão que se pode resolver.
“Ele é independente. Logo veremos por quanto tempo”, antecipou Luís Montenegro.