Europeias 2024

Pedro Nuno Santos acusa AD de governar “em campanha permanente”

O secretário-geral do PS esteve ao lado da cabeça de lista socialista às europeias, e aproveitou para polarizar a campanha, com críticas fortes ao partido de Luís Montenegro.

João Tiago

Ana Geraldes

Luís Silva

Eurico Bastos

Vítor Moreira

No primeiro dia de campanha para as eleições europeias, Pedro Nuno Santos juntou-se a Marta Temido num comício em Almada. Para além dos elogios à candidata socialista, o secretário-geral do partido aproveitou para acusar a Aliança Democrática de estar a governar a pensar nas eleições.

Foi preciso um contrarrelógio para erguer a noite de entusiasmo em torno da cabeça de lista, e o líder ali esteve para se orgulhar da escolha.

“É a maior mais alta das candidatas”, disse Pedro Nuno Santos. “A Marta Temido é muito boa, é temível na rua e em campanha. É fruto do trabalho dela, da relação que ela construiu com os portugueses e, ao fim destes anos, ninguém esquece.”

Nem tão pouco foram esquecidos os que estão de saída do Parlamento Europeu, como Pedro Silva Pereira. Ouviram agradecimentos e como a cabeça de lista vai testando o discurso europeu.

“Nós queremos mesmo que a habitação seja um direito de todas e de todos os europeus. A direita, pelos vistos, prefere gastar dinheiro em muros para proteger as fronteiras. Muros do medo, muros do ódio. Não, não é aí que queremos gastar o dinheiro europeu”, declarou Marta Temido, no discurso de campanha da última noite,

É o “nós” contra “eles”, tanto lá fora, como cá dentro - onde Pedro Nuno Santos vê um governo ao sabor de eleições.

“Quando sai uma sondagem que não lhe sé agradável, mais um Conselho de Ministros. Ou quando cabeça de lista da AD às europeias tem uma má performance na televisão, sai um Concelho de Ministros”, atirou o líder socialista. “Na realidade, o que nós temos não é um Governo a governar, é um Governo em campanha permanente.”

Polarizar nesta campanha europeia parece ser a estratégia para desempatar das legislativas.

“São duas formas diferentes de olharmos para os portugueses. São duas formas diferentes de olharmos para os europeus. São duas formas diferentes de estar na vida”, apontou Pedro Nuno Santos.

Está definido o papel do líder socialista nesta campanha: galvanizar a candidata escolhida e, ao mesmo tempo, transportar as eleições europeias para a política nacional.

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