Há um consenso antigo na justiça norte-americana que diz que um presidente dos Estados Unidos não pode ser processado. O procurador especial Jack Smith, que tem em mãos os casos federais contra Trump, deve muito em breve arquivar as acusações contra o presidente eleito, não só por causa da tradição, mas também pelo que Trump prometeu mal chegasse à Sala Oval: despedir Jack Smith "em dois segundos após a tomada de posse".
Acusado de tentar mudar os resultados das eleições de há quatro anos e de guardar documentos classificados em casa, Trump enfrenta ainda outros casos, sendo o mais simbólico aquele que já o condenou. Donald Trump foi reeleito para a Casa Branca como um criminoso condenado que aguarda sentença num caso de suborno.
Em maio, um júri em Nova Iorque considerou-o culpado de todos os 34 crimes de que era acusado, essencialmente por falsificar documentos e esconder um pagamento para comprar o silêncio de uma antiga atriz pornográfica pouco antes das eleições de 2016, como o então advogado de Trump confirmou. A sentença será lida no fim deste mês.
É uma posição invulgar. Nunca antes um condenado foi eleito para o cargo mais alto do país, assim como um ex-presidente nunca havia sido acusado criminalmente até o ano passado. Donald Trump enfrenta uma pena possível de até quatro anos de prisão.
Trump tem ainda de pagar o equivalente a cerca de 80 milhões de euros, após ser acusado de difamação e abuso sexual. O presidente eleito dos Estados Unidos recorreu da decisão, mas ainda não houve uma decisão sobre o recurso.