O Bloco de Esquerda reuniu, este domingo, cerca de 200 apoiantes no salão da Incrível Almadense, em Almada, para o primeiro comício desta campanha eleitoral.
Foi nesse palco que a antiga coordenadora nacional, Catarina Martins, e a atual, Mariana Mortágua, desferiram duras críticas aos dois maiores partidos nesta corrida eleitoral.
"De quem é que os governos do centro, que fizeram a política até hoje, se podem queixar realmente, se não deles próprios, que escancararam as portas à extrema-direita?", questionou Mariana Mortágua.
"Esses governos que compraram a agenda racista e xenófoba, que cederam nos princípios dos direitos humanos e que permitiram o genocídio do povo de Gaza, que permitiram destruir a fronteira da humanidade e destruir o direito internacional. De quem é que esses governos, de quem é que esses partidos e líderes políticos se podem queixar?", interrogou.
Mortágua criticou PS e PSD por terem feito tudo isto nos últimos anos e ainda terem "a coragem de dizer «votem em nós porque senão vem aí a extrema-direita»".
A dirigente bloquista argumentou que para combater a extrema-direita é preciso combater os oligarcas, insistindo na taxação de grandes fortunas, e combater as desigualdades.
O comício, intitulado "A Esquerda Europeia com o BE", contou com intervenções de Li Andersson (Aliança de Esquerda/Finlândia), Irene Montero (Podemos) e Manon Aubry (França Insubmissa), e juntou na plateia nomes de peso do partido como a antiga coordenadora nacional, Catarina Martins, e os três fundadores que serão cabeças de lista nestas legislativas: Francisco Louçã (Braga), Fernando Rosas (Leiria) e Luís Fazenda (Aveiro).