O objetivo desta manobra é tentar minimizar o número de baixas civis.
Vários ataques aéreos destruíram no passado domingo 83 camiões-cisterna perto de Albu Kamal, ao longo da fronteira da Síria com o Iraque, no âmbito do combate contra o tráfico de combustível, uma das principais fontes de financiamento do Daesh.
No início do ataque, os pilotos "dispararam múltiplos tiros de aviso para incentivar os motoristas dos camiões-cisterna a deixaram aquela área", indicou a coligação internacional Operation Inherent Resolve, envolvida no combate ao Daesh, num comunicado.
"Vários camiões-cisterna deixaram a área depois dos tiros de aviso e não foram perseguidos por nós", indicaram as mesmas fontes, acrescentando que na altura dos ataques, e com base nas informações recolhidas, "não existiam motoristas nos veículos" que permaneceram no local.
Membros da ala republicana no Congresso norte-americano criticaram a administração do Presidente Barack Obama depois do Departamento de Defesa norte-americano (Pentágono) ter afirmado, em 2015, que eram lançados panfletos para avisar os motoristas dos camiões de transporte de combustível dos ataques iminentes da coligação.
A lógica defendida é que estes motoristas são forçados pelos "jihadistas" a fazer tal serviço e que não são necessariamente apoiantes do grupo radical sunita.
O caso veio dar destaque ao difícil equilíbrio que está por detrás do planeamento dos ataques contra os alvos "jihadistas". O risco de existir um número elevado de vítimas civis pode muitas vezes condicionar o desenrolar das manobras militares.
Lusa