Depois das candeias às avessas no Parlamento, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos foram a Belém dizer ao Presidente da República que estão totalmente de acordo, tanto na forma como no dia, para enterrarem esta crise política.
Já ninguém quis falar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O secretário-geral do Partido Socialista (PS) não quis dizer aos jornalistas qual a data mais rápida possível que partilhou com Marcelo Rebelo de Sousa, mas o líder do PSD e primeiro-ministro acabou por apontar para o dia 11 de maio, depois confirmado por outros partidos.
Dia 11 maio, quanto muito uma semana depois. Duas datas para Marcelo Rebelo de Sousa escolher o dia das eleições que a dissolução do Parlamento é um destino certo com os dois maiores partidos novamente de acordo. Dizem que, afinal, não virá mal ao mundo, aliás, ao país pela ida a votos.
Durante as audiências o Presidente da República terá pedido aos partidos - governabilidade - depois das eleições.
Entre evasivas e meias palavras, Marcelo Rebelo de Sousa reúne, esta quinta-feira, o Conselho de Estado para ouvir a última palavra antes de dissolver o Parlamento.