Mais de 100 pessoas foram resgatadas, na segunda-feira, no Mediterrâneo, por uma organização espanhola que dá apoio a migrantes. A bordo, entre dezenas de adultos e algumas crianças, estava um cadáver de um migrante que morreu durante a travessia.
Assim que o mar acalma, no Mediterrâneo, volta a aumentar o fluxo de pequenas embarcações com dezenas de pessoas que tentam chegar à costa italiana, sobretudo a Lampedusa. Mas muitos destes barcos acabam por ter problemas e pedir ajuda.
Só neste barco estavam mais de 100 pessoas. Entre elas, pelo menos, quatro crianças. A maioria eram palestinianos, sírios e egípcios.
A Open Arms é uma ONG espanhola que opera no Mediterrâneo em missões de resgate dos que tentam chegar à Europa, fugidos à guerra, à pobreza e às perseguições.
Este ano, o número de travessias diminuiu drasticamente, comparado com os anos anteriores.
Até agora, cerca de 30 mil migrantes chegaram a Itália, menos de metade do que os que fizeram a travessia em 2023.
Acordo de Itália com a Albânia
Uma das explicações prováveis para esta diminuição é a nova política do Governo italiano de Giorgia Meloni.
A primeira-ministra fez um acordo com a Albânia e em troca de ajuda financeira a Tirana os migrantes que chegarem a Itália vão passar a ser enviados para dois centros de acolhimento, em território albanês, onde serão analisados os pedidos de asilo. Uma medida controversa mas que tem a concordância total dos partidos de direita que apoiam o governo de Meloni.