Coronavírus

Gripe e covid-19: "A grande novidade desta campanha de vacinação é a simplicidade"

Tiago Correia, comentador da SIC para assuntos de saúde, considera que a campanha de vacinação outono-inverno contra a gripe e a covid-19 caracteriza-se pela simplicidade e tem expectativas altas de que o processo corra bem.

SIC Notícias

A campanha de vacinação contra a gripe e a covid-19 arranca esta sexta-feira em cerca de 1.000 centros de saúde e 2.500 farmácias, sendo o objetivo deste ano o de vacinar 2,5 milhões de pessoas. Tiago Correia, comentador da SIC para assuntos de saúde, considera que a grande novidade desta campanha de vacinação é a simplicidade:

Quem pode ser vacinado, onde e como:

  • pessoas com mais de 60 anos, sem doenças associadas podem fazer um agendamento nas farmácias ou dirigem-se à farmácia e são vacinadas
  • pessoas com menos de 60 anos, com doenças associadas, grávidas, profissionais de saúde, são vacinados no SNS - aguardam ser chamados
  • lares, cuidados continuados, cuidados domiciliários, prisões, as pessoas são vacinadas nesses locais.

“O facto de se ter equiparado a vacina da covid à vacina da gripe - pôr uma faixa etária comum - veio simplificar o processo”.

A questão das farmácias comunitárias

Outra novidade desta campanha é o facto de as farmácias comunitárias administrarem a vacina. Um ponto forte que também acaba por ser um ponto negativo, considera Tiago Correia, que explica a oposição de algumas associações de enfermeiros, que contestaram.

“Era absolutamente desnecessário. As farmácias que vão administrar vacinas são licenciadas pelo Infarmed, têm segurança, qualidade”.

Atrasos na disponibilização de vacinas e má comunicação

Quanto à comunicação da campanha, Tiago Correia considera que foi mal feita. “Apelou-se aos portugueses que aderissem à vacinação, foram muitos os que fizeram o agendamento e agora a chegada das vacinas vai ser a um ritmo mais baixo que a adesão”.

“Portugal não tem culpa nisso. Tem a ver com a capacidade que os distribuidores mundiais têm (…) A partir de 10 de outubro haverá mais vacinas, até lá é preciso fazer a gestão do stock”.

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