Coronavírus

“A covid passará a ser uma doença perfeitamente banal no nosso meio”

“Penso que na primavera” os casos positivos deixarão mesmo de fazer isolamento, diz Gustavo Tato Borges, presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública.

Gustavo Tato Borges tem “algumas dúvidas” de que o pico da pandemia já tenha sido atingido, mas perspetiva para breve um caminho em que a covid-19 passe a ser “uma doença perfeitamente banal no nosso meio”. Para o presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, numa primeira fase apenas os positivos ficarão algum tempo em casa e, posteriormente, até mesmo esses deixarão de ter de ficar isolados. “Penso que na primavera teremos essa realidade, deixarão mesmo de fazer isolamento”, considera Tato Borges.

“Tenho algumas dúvidas sobre se o pico já foi totalmente atingido ou não, os dados têm vindo a descer ligeiramente, mas ainda há aqui algum fator de incerteza, mas aguardamos para confirmar se de facto já passámos o pico ou não”, sublinha Tato Borges, em entrevista na Edição da Manhã da SIC Notícias.

O presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública considera que “estamos atualmente numa fase de planalto, ligeiramente descendente e que lá para meados de fevereiro, poderá descer de forma mais galopante”. Tato Borges lembra também que as medidas em vigor continuam a ajudar no controlo da pandemia.

Depois da passagem da variante Ómicron, será possível transitar para uma nova fase e considerar “a covid-19 como uma gripe normal, como uma infeção respiratória superior, que acontecerá maioritariamente no inverno”, explica.

Nova fase com menos testes e vacinação apenas nos grupos vulneráveis

“Será esse o caminho natural, a covid passará a ser uma doença perfeitamente banal no nosso meio, usaremos a máscara quando tivermos sintomas, ficaremos em casa se os sintomas forem fortes e não conseguirmos trabalhar, será apenas uma situação normal”, considera o especialista.

Tato Borges diz que os testes passarão a ser realizados com menos intensidade, passarão a ser necessários apenas para as pessoas que vão ser internadas ou com algum tipo de comorbilidades. Também a vacinação será feita à semelhança do que acontece com a gripe, passará a ser anual apenas nos grupos mais vulneráveis.

“Em termos de isolamento, apenas os positivos ficarão algum tempo em casa e, posteriormente, até mesmo esses deixarão de ter de ficar isolados, penso que na primavera teremos essa realidade, deixarão mesmo de fazer isolamento”, estima Gustavo Tato Borges.

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