O Governo quer antecipar já para agosto a redução do IRS. O objetivo é aproveitar os retroativos a janeiro para estimular o consumo durante o verão e, assim, evitar o abrandamento da economia.
Ou seja, cada contribuinte irá receber de imediato uma fatia maior e, a partir daí, é aplicado o acerto mensal, com uma poupança entre os 2 e os 15 euros. Depende sempre, é claro, do perfil e do salário bruto de cada contribuinte.
Ao antecipar esta medida, prevista inicialmente para setembro, o Governo, de acordo com o semanário Expresso, quer colocar mais dinheiro nas mãos dos portugueses durante o verão. Neste período, o consumo tem um peso determinante para a economia nacional.
O executivo quer assim dar um impulso ao PIB, numa altura em que paira o risco de uma recessão, com o consumo privado a dar sinais de alguma timidez.
A proposta recupera o modelo que tinha já sido aplicado no ano passado. Sendo que neste caso, a descida nas taxas vai até ao 8º escalão, refletida depois na retenção na fonte, que irá também novamente baixar.
Contas feitas, fica menos dinheiro do lado do Estado, e os contribuintes recebem um salário líquido mensal mais elevado.
Este alívio fiscal vai ser mais sentido para quem se encontra entre o 4º e 6º escalões, onde se encaixa a classe média. São mais de um milhão de contribuintes, ou seja, cerca de 17% das famílias.
Para que tudo isto avance, há um processo no Parlamento que tem agora de ser cumprido de forma bastante rápida. A proposta foi entregue há dois dias na Assembleia da República, adianta o Expresso, e deverá ter via verde por parte dos dois maiores partidos da oposição, Chega e PS.
Quanto posso poupar com a descida do IRS? Veja as simulações