Economia

TGV vai bater recorde nas expropriações

A construção da linha de alta velocidade pode custar ao Estado até 425 milhões de euros em expropriações.

João Tomás

Daniel Fernandes

A construção da linha de alta velocidade pode custar ao Estado até 425 milhões de euros em expropriações. No total, o TGV que vai ligar o Porto a Lisboa vai ficar em quase 5 mil milhões de euros.

O primeiro concurso já foi lançado. A linha de alta velocidade irá permitir a um comboio circular a 300 quilómetros por hora.

O TGV vai ligar o Porto a Lisboa em apenas uma hora e 15 minutos.

A linha vai ser construída em três fases. A primeira deverá ficar pronta até 2028 e prevê dois troços.

O primeiro liga o Porto a Oiã no distrito de Aveiro, tem 71 quilómetros e deverá ser o mais caro.

O segundo troço liga Oiã a Soure, no distrito de Coimbra, e vai acrescentar outros 71 quilómetros à linha do TGV. o lançamento do concurso deste troço está previsto para o final de junho.

A construção da linha do TGV implica várias expropriações pelo trajeto que podem custar ao estado muitos milhões de euros.

Um estudo feito pelas infraestruturas de Portugal estima que seja necessário expropriar 404 mil metros quadrados de solo urbano, 115 mil metros quadrados de solo industrial, 1 milhão de metros quadrados de solo agrícola e terão de ser demolidas 247 casas de habitação e 53 fábricas e empresas.

Segundo o Correio da Manhã, estas expropriações podem vir a custar aos cofres públicos entre 224 milhões de euros a 425 milhões, mas o custo dependerá do trajeto final do TGV.

O trajeto do quarto troço deverá estar concluído até 2030, mas ainda está em aberto. Vai depender da localização do novo aeroporto de lisboa. Pode obrigar o TGV a fazer um desvio até Alcochete para entrar na capital pela Margem Sul do Tejo.

O custo total do mega projeto da alta velocidade que ligará o Porto a Lisboa e que implica três parcerias público-privadas custará quase 4,5 mil milhões de euros.

Quando estiver operacional, um bilhete do TGV vai custar 25 euros por pessoa, abaixo dos preços praticados atualmente.

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