A TAP SA obteve no primeiro semestre deste ano um lucro de 22,9 milhões de euros, que compara com o prejuízo de 202,1 milhões de euros registado em igual período do ano passado, informou esta quarta-feira a companhia aérea em comunicado ao mercado.
Considerando somente o segundo trimestre, o resultado líquido de abril a junho traduziu-se num lucro de 80,3 milhões de euros, que compara com uma perda de 80,4 milhões de euros no período homólogo.
No comunicado divulgado esta quarta-feira a empresa nota que é o primeiro semestre de lucro que reporta (desde que publica relatórios semestrais), e acrescenta que o desempenho neste primeiro semestre de 2023 também compara bem com o período pré-pandemia (no mesmo período de 2019 a empresa tinha tido um resultado negativo de 112 milhões de euros).
As receitas operacionais da TAP na primeira metade do ano subiram 44,3%, para 1906 milhões de euros, enquanto os custos aumentaram 36,6%, para 1798 milhões, o que permitiu à empresa melhorar o seu resultado operacional do primeiro semestre, de 4,4 para 108 milhões de euros.
Também o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu, aumentando 47,8% na primeira metade do ano, para 345,2 milhões de euros.
Numa base recorrente o EBITDA cifrou-se em 361,7 milhões de euros, melhorando 56,9% face ao ano passado.
Nesta primeira metade de 2023 a TAP beneficiou de um crescimento de 30% na atividade, com 7,6 milhões de passageiros transportados, o que corresponde a 96% do nível registado em 2019, último ano antes da pandemia.
O número de voos da TAP no primeiro semestre também cresceu 17,9%, alcançando 89% dos registos pré-crise pandémica.
Outro indicador operacional destacado pela companhia aérea é que a taxa de ocupação dos seus voos subiu 5,5 pontos percentuais face ao período homólogo, atingindo os 80,2% no primeiro semestre de 2023, o que supera em meio ponto percentual o registo da primeira metade de 2019, antes da pandemia.
“Estes resultados sublinham a tendência sustentada de melhoria comercial e financeira da TAP, com um desempenho financeiro recorde e um resultado líquido positivo no primeiro semestre”, comentou o presidente executivo da companhia aérea, Luís Rodrigues, no comunicado de resultados.
“As margens operacionais e o caminho de desalavancagem, que estão acima das metas fixadas no plano de reestruturação, demonstram a sustentabilidade financeira do grupo num momento crítico da nossa história. Contudo, há ainda um longo caminho a percorrer”, referiu ainda o gestor.
De acordo com o presidente executivo da TAP, “a procura continua forte e as reservas para os próximos trimestres atingiram níveis significativos, apontando para um segundo semestre intenso, para o qual a TAP estará preparada”.