Está em preparação um consórcio com capitais portugueses para concorrer à privatização da TAP e Diogo Lacerda Machado poderá ser o rosto do projeto. Por detrás do investimento surge novamente o colombiano Gérman Efromovich, que já por duas vezes tentou comprar a companhia.
O mistério de um dos consórcios portugueses interessados na TAP começa a desvendar-se. Gérman Efro-movich é o parceiro internacional de vulto no setor da aviação interessado na privatização, numa das parcerias com empresários portugueses.
O grupo é constituído por figuras nacionais muito diferentes onde se contam o empresário Mário Ferreira, que juntou a televisão ao negócio dos barcos
e agora procura também levantar voo na TAP.
Diogo Lacerda Machado deverá ser o rosto do projeto
O consultor Diogo Lacerda Machado, dizem várias fontes, será o rosto do projeto para compra da companhia aérea portuguesa. O amigo do primeiro-ministro, que nos últimos anos se cruzou com a TAP em quase todos os momentos decisivos na vida da companhia, prepara-se para voltar para colocar no projeto a larga experiência adquirida.
Foi Lacerda Machado quem em 2016 negociou com os privados da TAP a recompra da companhia pelo Estado. Depois disso, foi administrador não executivo em nome do Governo. Antes, foi consultor na compra da unidade manutenção da Varig no brasil pela TAP.
Agora, ainda não confirmou publicamente o envolvimento na parceria para concorrer à privatização da TAP como ponta-lança de Efromovich. O empresário da companhia aérea colombiana, Avianca, que tenta pela terceira vez conseguir o controlo da transportadora portuguesa, depois de já o ter tentado em 2012 e em 2015 quando o Governo de Passos Coelho optou pela dupla David Neelman / Humberto Pedrosa.
Em setembro sairá o decreto com o caderno de encargos
Em setembro sairá o decreto com o caderno de encargos para a privatização, que irá acontecer no fim da primavera do ano que vem quando já estiver terminado o processo de localização do novo aeroporto.
A mostrar que a TAP pode ser apetitosa no terreno já estão vários interessados estrangeiros: além dos dois consórcios com portugueses é conhecido o interesse dos alemães da Lufthansa e dos associados Air France-KLM.
Mais empenhado ainda, o grupo IAG, dono da espanhola Ibéria e da British Airways, já tem mesmo uma equipa em Portugal a trabalhar a tempo inteiro no negócio de compra da TAP.