Economia

Bancos pagam menos nos depósitos a prazo: como é que os reguladores podem responder a isto?

Um depósito a prazo está a render apenas 1%, que é um valor muito abaixo da taxa de juro dos créditos à habitação, onde a média está quase nos 4%.

SIC Notícias

Os bancos portugueses são dos que estão a pagar menos e a ganhar mais com o dinheiro dos depositantes. Um depósito a prazo está a render atualmente apenas 1% de juros, enquanto a taxa de juro no crédito à habitação ronda os 4%.

A diferença entre os juros pagos a quem empresta e cobrados a quem pede emprestado nunca foi tão grande.

Há mais de um ano que o Banco Central Europeu sobe as taxas de referência. O intuito é influenciar as outras taxas de juro na economia, mas em Portugal tem beneficiado mais os bancos do que os clientes.

Os bancos portugueses são dos que estão a pagar menos e a ganhar mais com o dinheiro dos depositantes.

Um depósito a prazo está a render nesta altura apenas 1% de juros, mas os bancos nacionais depositam esse mesmo dinheiro no Banco Central Europeu e recebem juros três vezes mais altos.

Os dados do BCE mostram que os bancos portugueses estão a pagar um terço daquilo que se pratica em Itália e menos de metade do que é a média na Zona Euro.

A remuneração oferecida pelos bancos tem vindo a aumentar em todos os prazos e há oito anos que não passava de 1%. No entanto, os juros dos depósitos ficam muito aquém dos juros dos empréstimos.

A procura por produtos mais rentáveis, como os Certificados de Aforro, pode ter levado os bancos a subirem as taxas. Todavia, os especialistas acreditam que enquanto a margem for grande, a banca vai manter a tendência.

"Uma das coisas que os reguladores poderiam fazer era medidas que diminuíssem os custos das posses das contas, para incentivar à concorrência", entende o economista Pedro Brinca.

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