Os juros dos depósitos a prazo superaram a fasquia de 1%, mas é um valor ainda muito abaixo da taxa de juro dos créditos à habitação, onde a média está quase nos 4%. É das maiores diferenças entre os juros pagos nos empréstimos e a remuneração dos depósitos.
A remuneração oferecida pelos bancos tem, de facto, vindo a aumentar, mas lentamente e Portugal ainda se destaca pelas piores razões entre os países da zona euro, já que é dos que pratica valores mais baixos e abaixo da média.
Os dados do Banco de Portugal mostram que, em abril e pela primeira vez em oito anos, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo subiu para 1,03%. São mais 0.13 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Só que os bancos nacionais depositam esse mesmo dinheiro no Banco Central Europeu (BCE) e recebem juros três vezes mais altos.
Apesar desta tímida subida, este produto é ainda pouco atrativo, o que levou a uma fuga de mais de oito mil milhões de euros das poupanças das famílias e a uma corrida aos certificados de aforro.