As exportações do pescado já valem mais de 1.300 milhões de euros. Apesar do aumento de 32%, o país ainda precisa de importar para conseguir responder à procura dos portugueses.
O pescado já é o produto agroalimentar mais vendido para o estrangeiro, à frente do histórico vinho português, do azeite e das hortícolas. Em 2022, as exportações cresceram quase 32%, face ao ano anterior, atingindo 1.317 milhões de euros.
Ouvido pelo Diário de Notícias e pelo Dinheiro Vivo, o presidente da Associação da Indústria Alimentar pelo Frio, assume que o turismo e a qualidade do produto, assim como, a internacionalização das empresas são fatores que explicam o aumento da procura externa.
A associação refere, ainda, que o país consome mais do que aquilo que é pescado nas águas nacionais: 500 mil toneladas de peixe é a quantidade que os portugueses consomem por ano, apesar de apenas se pescar 180 mil toneladas. Portugal não é, portanto, autossuficente.
Para fazer face a este problema, a solução pode estar no peixe de viveiro. No ano passado, a produção em aquicultura ultrapassou os valores da pesca, pela primeira vez.
O aumento generalizado dos preços devido à inflação fez disparar o custo do peixe. A associação que representa o setor diz que o preço fica praticamente definido na origem e que a lei da procura e da oferta também explica os preços elevados que os consumidores pagam.
O mercado asiático e o dos Estados Unidos são os que mais contribuem para as exportações, porque são também quem mais pagam. Ainda assim, o setor do pescado é um dos que recebe mais apoios do Estado.
O presidente da associação da indústria alimentar garante que são suficientes para que as fábricas sejam modernizadas.