Economia

Marinho Pinto diz que subconcessão dos Estaleiros de Viana serve "apetites gulosos"

O ex-bastonário da Ordem dos Advogados  Marinho Pinto justificou hoje o fecho dos Estaleiros Navais de Viana do  Castelo (ENVC) com "os apetites gulosos de certos empresários". 

Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto - Arquivo Lusa
MANUEL DE ALMEIDA

De acordo com o candidato e ex-bastonário da Ordem dos Advogados, no  processo de encerramento e subconcessão dos estaleiros públicos "parece"  que está "tudo feito e decidido" para entregar os ENVC a "determinada empresa",  recorrendo para tal a "mentiras". 

Após reunir-se com a comissão de trabalhadores, na empresa, Marinho  Pinto afirmou aos jornalistas que a "aniquilação" dos ENVC serviu "unicamente  para favorecer os apetites gulosos de certos empresários". 

"O interesse nacional não está ser salvaguardado, o interesse desta  região e dos trabalhadores está a ser menosprezado", disse o candidato do  MPT às próximas eleições europeias. 

Em Viana do Castelo, Marinho Pinto insistiu no "forte repúdio" à "política  de terra queimada" e à forma como o Governo "conduziu este processo e os  fins que pretende atingir", transmitindo, antes, uma "palavra de solidariedade  aos trabalhadores". 

"Estamos na presença de uma traição nacional", enfatizou, recordando  que os estaleiros de Viana podiam ser uma "vantagem competitiva de Portugal"  no plano externo e na aposta do país na "exploração racional" do mar. 

O grupo Martifer venceu o concurso público para a subconcessão dos terrenos  e infraestruturas dos ENVC até 2031, depois de falhado o processo de reprivatização  lançado em 2012. 

A West Sea, empresa criada para o efeito pela Martifer, pretende recrutar  400 trabalhadores, prioritariamente entre os 609 que em dezembro pertenciam  aos quadros dos ENVC e que serão despedidos, no âmbito do fecho da empresa  pública. 

O encerramento é justificado pelo Governo com a investigação da Comissão  Europeia às ajudas públicas de 181 milhões de euros que a empresa recebeu  desde 2006. 

Lusa

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