Economia

Bloco de Esquerda quer reforma fiscal "corajosa" e maior justiça económica

O Bloco de Esquerda (BE) apresentou hoje as  suas propostas para o debate do Orçamento do Estado (OE) para 2014, procurando  o partido uma reforma fiscal "corajosa", a preservação de salários e pensões  e a recuperação de economia e emprego. 

Em conferência de imprensa esta manhã no parlamento, o líder parlamentar  bloquista, Pedro Filipe Soares, apresentou as propostas que "enquadram toda  a ação" do partido na discussão que se seguirá sobre o OE.  

O partido distribuiu as suas prioridades por três tópicos: reforma fiscal,  a salvaguarda de direitos, salários e pensões e a recuperação de economia  e emprego, apresentando propostas que os bloquistas desejam ver debatidas  na sociedade e que funcionem, declarou o seu líder parlamentar, como "fator  de pressão para o governo". 

No primeiro campo, da reforma fiscal, o BE propõe por exemplo um imposto  sobre as grandes fortunas, o combate às rendas das parcerias público-privadas  (PPP) e o início "imediato de um processo de renegociação da dívida pública  com os credores privados e oficiais" com o intuito de aplicar "regras de  sustentabilidade no pagamento da dívida pública, indexando o seu pagamento  ao crescimento da economia e das exportações". 

Na área do rendimento dos cidadãos, e acusando o executivo liderado  por Pedro Passos Coelho de estar em "claro confronto com a Constituição"  com o corte direto em salários e pensões, o Bloco quer por exemplo o aumento  do salário mínimo para 545 euros e a duplicação excecional em 2014 dos "prazos  de garantia para os subsídios de desemprego e social de desemprego". 

"Este conjunto de propostas, com reduzido impacto orçamental, permitirá  alcançar a dignidade no trabalho, a proteção de emprego com direitos e a  salvaguarda dos abusos laborais", aponta o partido. 

No que à recuperação de economia e emprego diz respeito, o BE diz que  no curto prazo "é urgente garantir a recuperação da procura interna: investimento  e consumo". 

Os bloquistas querem a utilização do remanescente do fundo de recapitalização  da banca (6,4 mil milhões de euros) para financiar as empresas portuguesas,  um "investimento público em emprego" em matéria de reabilitação urbana,  a redução do IVA da restauração para 13 e a redução do IVA aplicado sobre  a eletricidade e o gás para 6%. 

Lusa

 

     

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