Falando à chegada da manifestação em frente à Assembleia da República, a responsável bloquista acusou o Executivo "de só criar mais problemas e trair o país".
"Este Governo nunca disse em eleições que ia cortar nos salários e nas pensões, apenas nas gorduras", sustentou Catarina Martins, criticando a proposta do Orçamento de Estado para 2014, que "dá perdões às grandes empresas e ataca o país".
Segundo as contas da coordenadora do BE, "o Governo já retirou à economia portuguesa 25.000 milhões de euros", entre cortes nos rendimentos dos trabalhadores, dos pensionistas, aumento de impostos e encerramento de serviços públicos.
Para Catarina Martins, esses cortes "não serviram para nada", argumentando que a dívida pública continua a crescer.
Já para o anterior líder do BE, Francisco Louçã, a manifestação de hoje "é um momento importante na resposta ao Orçamento do Estado" para 2014, documento que classificou como "a prova da crueldade económica do Governo" e, "simultaneamente, do seu fracasso".
Louçã, que participou na manifestação ao lado do ex-dirigente bloquista e historiador Fernando Rosas, defendeu que é "muito importante" que "vários movimentos convirjam na resposta ao Orçamento do Estado", destacando as manifestações promovidas pela CGTP-IN na semana passada no Porto e em Lisboa.
Francisco Louçã, que renunciou ao mandato de deputado há um ano, disse que continuará a participar em manifestações e iniciativas de "luta social" com a "preocupação de juntar pessoas diferentes" para fazer "uma esquerda mais forte".
A manifestação do movimento "Que se lixe a troika" decorre em 14 cidades portuguesas com o objetivo de protestar contra as políticas de austeridade do Governo.
As ações realizam-se em Aveiro, Braga, Beja, Coimbra, Faro, Portimão, Funchal, Horta, Lisboa, Portimão, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
Lusa