João Vilela, um dos organizadores do protesto no Porto, admitiu estarem concentradas na Praça da Batalha menos pessoas do que em manifestações anteriores, mas salientou que este evento "não teve grande divulgação na comunicação social".
"Menos pessoas não significa menos gente descontente, basta andar na rua", frisou.
Em declarações à Lusa, Isabel Carvalho, bancária, de 56 anos, espantava-se com a menor participação popular nesta manifestação, dizendo sentir "uma indignação inexplicável".
O descontentamento de Isabel Carvalho devia-se, em parte, ao facto de "as pessoas estarem tão cansadas que já não têm mais forças para protestar".
Apesar da crise, esta manifestante reconhecia que por ter emprego ainda não precisou de fazer grandes ajustes na gestão do seu quotidiano, mas, vincou: "neste momento luto mais pelos outros do que por mim".
A manifestação do movimento "Que se lixe a troika" decorre em 14 cidades portuguesas com o objetivo de protestar contra as políticas de austeridade do Governo. As ações decorrem em Aveiro, Braga, Beja, Coimbra, Faro, Portimão, Funchal, Horta, Lisboa, Portimão, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
Lusa