"O Bloco de Esquerda teve conhecimento de que o centro recebeu, no passado dia 10 de outubro, uma ordem verbal de que até ao dia 22 de outubro de 2013 toda a sua área laboratorial seria transferida para o centro do Porto, situação que carece de esclarecimentos", diz um comunicado do BE.
O partido diz ainda ser "urgente que o ministério da Saúde responda, de forma clara e inequívoca, sobre se estará em preparação o encerramento do centro de Coimbra, sobre quais são as modificações planeadas, quando vão ser implementadas e quais são os motivos que as originam, sendo igualmente necessário que se saiba qual será o futuro dos seus trabalhadores".
"É do conhecimento público que o serviço de análise ao sangue deste centro será transferido para o Porto e que o laboratório de separação de componentes irá para Lisboa. Existem também dúvidas relativamente ao futuro do sistema de colheitas que poderá estar em vias de ser externalizado. Refira-se, a este propósito, que este centro, que foi até 2011 o que tinha maior número de colheitas de sangue e menores custos, é atualmente o que recolhe menos amostras", diz ainda a nota de imprensa do BE.
Esta estrutura partidária denuncia ainda "que a mobilização dos dadores para a recolha de sangue está a ser feita através de convocatórias por parte de um 'call center' da Portugal Telecom, que custa cerca 18 mil euros/mês".
O Bloco recorda que o Instituto PortuguÊs do Sangue e da Transplantação tem três Centros de Sangue e da Transplantação (Lisboa, Porto e Coimbra), encontrando-se, este último, num processo de esvaziamento de funções, situação que o partido tem vindo a denunciar, através de pedidos de esclarecimento ao Governo, e que indicia que estará em preparação o seu encerramento, uma situação que carece de uma cabal resposta por parte do Ministério da Saúde.
As novas instalações do Centro de Sangue e Transplantação de Coimbra foram inaugurados em 2011 e consideradas entãi as maiores da Península Ibérica.
Instalado em S. Martinho do Bispo, Coimbra, próximo do habitualmente denominado hospital dos Covões, dispõe de uma área de 4.000 metros quadrados e custou sete milhões de euros.
Lusa