Desporto

Cortes no desporto: "Quando quisermos atletas de alta competição, não vai haver"

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa justifica o corte nos patrocínios com "a conjuntura económico-social que se vive". O secretário de Estado do desporto não sabia da decisão e vai reunir-se com a provedora Ana Jorge.

SIC Notícias

O PSD pediu a audição urgente do secretário de Estado do Desporto e da provedora da Misericórdia de Lisboa que anunciou cortes nos apoios ao desporto. O Executivo garante que não está em causa a preparação dos atletas olímpicos e paralímpicos mas quem trabalha para as medalhas está preocupado com outros investimentos.

Fernando Pimenta, com duas medalhas olímpicas, dezenas em competições mundiais e europeias, nada teme porque já está no topo, a caminho dos apuramentos na Alemanha, no final do mês, para chegar às olimpíadas de 2024.

É com os iniciados e menos medalhados que fica preocupado quando a Misericórdia de Lisboa fala em cortes financeiros.

"Aquilo que vai afetar é a parte da formação, mais atletas em casa, menos estágios, há atletas que já não vão a competições. Quando quisermos atletas de alta competição vai deixar de haver", referiu.

No centro náutico de alto rendimento em Montemor-o-Velho olha para o lado, para atletas da classe A que como ele treinam para as competições
e vê como se patrocina o desporto noutros países.

Parte da receita dos jogos da Santa Casa vai para as modalidades desportivas. Há mais de uma década a instituição financia federações e comités desportivos, mas agora e face ás dificuldades financeiras da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge avisou que vai haver cortes.

Apanhado de surpresa pela decisão da Santa Casa, João Paulo Correia, secretário de Estado do Desporto agendou uma reunião com a provedora
para a próxima semana. Também o PSD quer ouvir os dois no Parlamento.

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