Desporto

Cortes da Santa Casa? "Não pode ser o desporto a acartar com todas as dificuldades"

O presidente da Federação Portuguesa de râguebi comentou a decisão da Santa Casa da Misericórdia nos cortes ao desporto e teme que o Estado siga o mesmo caminho.

SIC Notícias

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) avisou várias federações desportivas da necessidade de rever o plano de patrocínios, a menos de um ano dos Jogos Olímpicos Paris2024.

As federações desportivas foram avisadas através de cartas assinadas pela provedora Ana Jorge, que assumiu funções na SCML a 02 de maio deste ano. Entretanto o Governo já pediu uma reunião urgente com a SCML devido aos cortes.

Algumas federações já reagiram a esta decisão da SCML e, no caso da Federação Portuguesa de Râguebi a situação é diferente porque a “dependência direta do protocolo que temos com a Santa Casa é residual. Portanto a nossa preocupação é relativa”.

Para o presidente da federação de râguebi, Carlos Amado da Silva, é mais preocupante “se há cortes” no Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) porque a modalidade depende muito desse financiamento.

“O pagamento feito é por perda de rendimento dos atletas que integram a seleção nacional. Os jogadores que têm clube são pagos pelo clube, mas quem é médico, engenheiro (…) de acordo com a lei em vigor, obriga a que a Federação lhes pague, mas curiosamente quem os requisita é o IPDJ, sendo uma ação nacional parece-me óbvio que a responsabilidade devia ser da Nação”, refere.

Antes da decisão tomada pela SCML, Carlos Amado da Silva reuniu com a provedora, “porque o apoio que dá ao râguebi é marginal. Não faz sentido nenhum”.

O presidente da federação está “convencido” que a reunião entre o Governo e a Santa Casa será “apenas um ajustamento e que os Jogos Santa Casa e a provedora hão-de saber a importância que o desporto tem na sociedade nacional”.

O apoio que tem acontecido ao longo dos anos não pode faltar até porque é “uma obrigação social” da Santa Casa.

“Julgo que haverá outros setores, todos importantes, naturalmente, mas que não pode ser o desporto a acartar com todas as dificuldades que se encontram nos últimos tempos”, conclui.


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