Com esta declaração, Vladimir Putin confirma pela primeira vez o envolvimento direto do exército russo na tomada de controlo daquela península ucraniana, realizada por milhares de tropas bem armadas e equipadas envergando uniformes militares sem identificação.
"Os recentes acontecimentos na Crimeia foram um teste importante. Eles demonstraram as novas capacidades das nossas forças armadas em termos de qualidade e do elevado moral dos militares", disse Putin numa cerimónia militar transmitida pela televisão.
O Presidente russo agradeceu aos "militares da Frota do Mar Negro e outras unidades estacionadas na Crimeia pela sua contenção e coragem pessoal".
As ações que realizaram na Crimeia, disse, foram "precisas e profissionais" e permitiram "evitar provocações e o derramamento de sangue e a realização pacífica do referendo" de 16 de março, em que a Crimeia votou por uma união com a Federação Russa.
A Rússia enviou tropas para a Crimeia no início de março, depois da deposição em fevereiro do Presidente ucraniano Viktor Ianukovich, considerado pró-russo, e da formação na Ucrânia de um Governo apoiado pelo Ocidente.
Lusa