Crise na Ucrânia

Iulia Timochenko anuncia candidatura às presidenciais na Ucrânia

A ex-primeira-ministra ucraniana e figura emblemática da Revolução Laranja pró-ocidental de 2004, Iulia Timochenko, anunciou hoje que será candidata às eleições presidenciais na Ucrânia, previstas para 25 de maio.

"Pretendo ser candidata ao cargo de Presidente", disse Timochenko, de 53 anos, numa conferência de imprensa em Kiev. 

"Nenhum dos políticos homens ucranianos que pretendem ser candidatos à presidência compreendem a dimensão da anarquia e não estão preparados para a travar", declarou. 

Timochenko salientou que pediu aos representantes do seu partido Batkivchtchina (Pátria), que estarão reunidos em congresso no próximo sábado (dia 29), para apresentarem oficialmente a sua candidatura presidencial. 

A ex-primeira-ministra concorreu às presidenciais ucranianas de 2010, perdendo na altura, por uma pequena margem, para o político pró-russo Viktor Ianukovich, destituído em fevereiro último, após três meses de protestos maciços em Kiev, em defesa da aproximação do país à União Europeia (UE).

No ano seguinte, Timochenko foi condenada a sete anos de prisão por abuso de poder aquando da assinatura de contratos de fornecimento de gás com a Rússia em 2009.  

Para os seus apoiantes e para alguns países ocidentais, a condenação da ex-primeira-ministra ucraniana teve motivações políticas. 

Iulia Timochenko foi libertada no passado dia 22 de fevereiro, no mesmo dia da destituição de Ianukovich. 

Segundo uma sondagem recente, o multimilionário Petro Porochenko surge na liderança das intenções de voto para as presidenciais de 25 de maio.

O Presidente interino ucraniano, Olexandre Tourtchinov, já afirmou que não será candidato. 

As eleições presidenciais ucranianas acontecem na sequência de uma crise política que colocou o país à beira da bancarrota e levou à anexação da república autónoma da Crimeia pela Rússia.  

Com Lusa

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