Crise na Ucrânia

Rússia lamenta sanções da UE e diz-se no direito de responder na  mesma moeda 

A Rússia lamentou hoje as novas sanções adotadas  pela União Europeia em resposta pela anexação da Crimeia, considerando Moscovo  que está no direito de responder de forma recíproca a Bruxelas. 

"É uma pena que o Conselho Europeu tenha tomado uma decisão afastada  da realidade. Acreditamos que é tempo de voltar ao terreno pragmático da  cooperação que responde aos interesses dos nossos países", disse hoje o  porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Alexandr Lukashévich.

 

    Manifestando disponibilidade para o diálogo, o porta-voz adiantou contudo  que "a parte russa reserva-se o direito de dar uma resposta adequada à medida  tomada" por Bruxelas. 

 

    Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia, reunidos entre quinta  e sexta-feira em Bruxelas, decidiram reforçar as sanções contra a Rússia  devido à anexação da Crimeia, acrescentando 12 nomes à lista de pessoas  alvo de sanções. 

 

    Os líderes europeus decidiram alargar para 33 a lista de personalidades  alvo de sanções -- a lista anterior incluía 21 nomes -- e cancelar a próxima  cimeira UE-Rússia, prevista para junho, além das cimeiras bilaterais entre  Estados-membros e Rússia. 

 

    Entretanto, a Rússia manifestou também hoje esperança no sucesso da  missão da Organização para a Segurança e Cooperação e Económica (OSCE),  mas que não terá acesso à Crimeia. 

 

    A OSCE vai "enviar para a Ucrânia observadores internacionais numa missão  de acompanhamento especial", de acordo com uma resolução aprovada pelos  57 Estados-membros da organização. 

 

    Os observadores deverão permanecer na Ucrânia durante seis meses, pelo  menos, podendo o prazo da missão ser estendido a pedido do país, mediante  aprovação dos Estados-membros da OSCE. 

 

Lusa

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