Crise na Ucrânia

Putin afasta para já retaliação a novas sanções dos EUA 

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse  hoje que se vai abster, para já, de introduzir novas sanções contra os Estados  Unidos, apesar das novas medidas punitivas anunciadas por Washington. 

"Tanto no que diz respeito ao primeiro caso - as sanções norte-americanas  -, como ao segundo caso - a introdução de vistos (para russos) na Ucrânia  -, penso que, para já, devemos afastar medidas recíprocas", disse Putin,  numa reunião do conselho de segurança russo, citado por agências internacionais.

A Rússia publicou esta semana uma lista de nove políticos norte-americanos  alvo de sanções russas, medida decidida em represália de um primeiro conjunto  de sanções aprovadas pelos Estados Unidos em resposta à anexação da península  ucraniana da Crimeia. 

Sobre as novas sanções norte-americanas, contra o banco Rossia e personalidades  russas, o Presidente russo ironizou afirmando que vai abrir uma conta no  banco. 

"Penso que se trata de um banco médio. Pessoalmente não tenho conta  lá, mas na segunda-feira vou abrir uma", disse Putin. 

Na reunião do conselho de segurança russo participaram algumas das personalidades  visadas pelas sanções, como o chefe de gabinete do Presidente, Serguei Ivanov,  e o presidente da câmara baixa do parlamento, Serguei Narishkin. 

O Presidente norte-americano, Barack Obama, ampliou na quinta-feira  as sanções anunciadas na segunda-feira contra sete altos funcionários russos  para uma nova lista que inclui 16 membros do Governo e quatro empresários  considerados próximos de Putin.  

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, estas  tentativas de isolar a Rússia não vão ter êxito. 

"O caminho daqueles que são abertamente russófobos de isolar a Rússia  é um caminho sem saída", afirmou o ministro na câmara alta do parlamento  russo, que hoje ratificou a anexação da Crimeia pela Rússia. 

Para Lavrov, os Estados Unidos aplicam estas sanções guiados "não pelo  bom senso, mas pela vontade de punir". 

O ministro russo comentou por outro lado o acordo político assinado  hoje entre a Ucrânia e a União Europeia, afirmando que ele não visa servir  o interesse da Ucrânia nem do povo da Ucrânia, mas apenas "ganhar pontos  no jogo geopolítico". 

 

Lusa

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