O documento, aprovado com 250 votos dos 330 deputados presentes na sala, assinalou que "apesar da moderação e contenção dos órgãos de poder e as forças armadas da Ucrânia, a situação na Crimeia continua a piorar devido às ações das forças armadas da Rússia e a sua frota no Mar Negro".
"Na prática, trata-se de um ato de agressão, não provocado, da Federação Russa contra a Ucrânia", sublinhou a resolução.
A Rada solicitou às Nações Unidas que examine com urgência a situação na Crimeia criada pelas flagrantes violações da Rússia "dos princípios fundamentais do direito internacional contidos na Carta da ONU".
Ao mesmo tempo, os deputados disseram que a "Ucrânia reserva-se o direito de pedir a ajuda de qualquer Estado ou sistema regional de segurança coletiva para estabelecer a sua soberania e integridade regional".
O parlamento da Ucrânia também aprovou hoje, por unanimidade, a criação de uma guarda nacional com 60 mil voluntários, que poderá fazer face às ameaças expansionistas da Rússia.
Com 262 votos, a Rada criou esta guarda nacional antes do referendo aprovado pelo parlamento da Crimeia, sob controlo de tropas russas, que decorre no próximo domingo.
A crise na Ucrânia começou em novembro do ano passado quando o presidente deposto Viktor Ianukovich recusou assinar um acordo de associação com a União Europeia e promoveu uma aproximação à Rússia.
Lusa