Crise na Ucrânia

Rússia responderá de forma recíproca a sanções europeias sobre vistos

Um responsável do Parlamento russo, Alexei Puchkov, indicou hoje que qualquer restrição europeia de vistos a diplomatas russos implicará medidas recíprocas face à União Europeia (UE). Por sua vez, o Presidente francês, François Hollande, manteve hoje uma conversa telefónica com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, através da qual advertiu que a anexação da Crimeia seria "inaceitável".  

"Claro, a Rússia responderá com as mesmas medidas", declarou Presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros de Duma, Alexei Puchkov, à agência Itar-Tass.  

O responsável do Parlamento russo afirmou que, a serem aplicadas, as sanções europeias poderão implicar "um congelamento sem precedentes" dos contactos políticos.

"Será pior que durante os anos da Guerra Fria", assegurou Alexei Puchkov.

O Presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros da Duma argumentou que "a UE integra 28 Estados e o mundo não se reduz a eles", apelando à "sobriedade e racionalidade" por parte de Bruxelas.

Os dirigentes europeus acentuaram, nos últimos dias, as suas críticas contra a Rússia, ao suspenderem as negociações sobre a suavização do regime de vistos e ameaçando sanções mais severas.  


Hollande adverte Putin que anexação da Crimeia seria "inaceitável"

Em paralelo, o Presidente francês, François Hollande, manteve hoje uma conversa telefónica com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, na qual advertiu que o referendo sobre a anexação da república autónoma ucraniana da Crimeia não tem base legal.

Além disso, Hollande afirmou que "seria uma anexação inaceitável para a comunidade internacional".  

A presidência francesa informou, em comunicado, que François Hollande destacou novamente a "excecional gravidade" da atual situação na Ucrânia.  

Por isso, o chefe de Estado francês pediu a Putin para para fazer "tudo para evitar a incorporação da Crimeia na Rússia".

François Hollande também insistiu na necessidade de Moscovo reconhecer a soberania e integridade territorial da Ucrânia, retirar as tropas enviadas para a Crimeia.


Lusa

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