Fidel Castro 1926-2016

As reações à morte de Fidel

O histórico líder cubano Fidel Castro morreu aos 90 anos, anunciou o irmão e atual Presidente do país, Raúl. Amado por um, odiado por outros, de todo o mundo despontam as reações.

Última atualização às 19:53

O Presidente eleito nos Estados Unidos da América, Donald Trump, também já reagiu à morte de Fidel Castro. Trump escreveu na rede social Twitter "Fidel Castro está morto".

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, apresentou condolências ao Governo e às autoridades cubanas. Rajoy destaca ainda a importância histórica do antigo líder cubano.

A Fundação Nelson Mandela enviou condolências ao povo e ao Governo de Cuba.

Mikhail Gorbachev, o último líder da União Soviética, evoca Fidel pela força de Cuba contra o bloqueio norte-americano.

"Fidel levantou-se e fortaleceu o seu país durante o mais severo bloqueio norte-americano, quando houve uma pressão colossal sobre si e ainda assim levou o seu país para fora deste bloqueio, num caminho de desenvolvimento independente", disse Gorbachev, citado pela agência de notícias Interfax.

O Governo do Equador qualificou o histórico líder cubano como "um grande". "Foi-se um grande. Morreu Fidel. Viva a Cuba! Viva à América Latina!", escreveu o Presidente do Equador, Rafael Correa.

O primeiro-ministro da Índia, Narenda Modi, partilhou as suas condolências via Twitter. Castro era "um grande amigo".

"Fidel partiu rumo à Imortalidade dos que lutam toda a vida", escreveu o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Twitter.

Ramón Saúl Sánchez, líder do Movimento Democracia para Cuba (MDC), no exílio, lamentou que a morte de um "tirano" não signifique "a liberdade do povo de Cuba". "É a maior tristeza que tenho no meu coração", disse o ativista à agência Efe.

O Presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, diz que "Fidel foi um amigo do México, promotor de uma relação bilateral baseada no respeito, diálogo e na solidariedade".

Nas ruas de Miami, nos EUA, a comunidade cubana festejou nas ruas, com canções e danças, quando a morte foi noticiada.

O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, considerou Fidel Castro uma "como uma figura impar de transcendente importância histórica que marcou a sua época pelo papel que desempenhou no seu país e nas grandes transformações da humanidade, em prol da liberdade, justiça social e desenvolvimento dos povos".

O chefe de Estado angolano recorda ainda a "solidariedade que Cuba brindou à luta dos povos colonizados, em especial ao povo angolano", sublinhando a "inesquecível contribuição" de Cuba e da liderança de Fidel Castro, "na defesa e manutenção da soberania e integridade territorial de Angola, na resistência à agressão do então regime racista sul-africano".

O Presidente da República da Colômbia lamentou morte de Fidel Castro e disse que este reconheceu, no final da vida, "que a luta armada não era o caminho" e "contribuiu para pôr fim ao conflito colombiano".

"Lamentamos a morte de Fidel Castro. Acompanhamos o seu irmão Raúl e a sua família neste momento. A nossa solidariedade com o povo cubano", lê-se na mensagem que Juan Manuel Santos deixou na sua conta na rede social "Twitter".

O Presidente da Síria, Bashar al-Assad, disse que o nome de Fidel Castro "permanecerá para sempre nas mentes das gerações e de todos os povos que aspiram à verdadeira independência do jugo do colonialismo e da hegemonia".

Para al-Assad, Cuba tornou-se "um farol da liberdade dos povos latino-americanos".

"Até breve, querido amigo, ficas nos nossos corações", escreveu a líder indígena guatemalteca Rigoberta Menchú, prémio Nobel da Paz 1992, na sua conta do Twitter, numa mensagem acompanhada de uma das frases emblemáticas do líder cubano: "A nossa revolução é humanista porque humaniza o homem".

Na sua mensagem no Twitter, o ex-presidente das Honduras Manuel Zelaya (2006-2009) despediu-se de Fidel com um "Até sempre, comandante", classificando Fidel como "o maior revolucionário do mundo contra a injustiça", um revolucionário "que nunca conseguiram vencer".

O ex-presidente hondurenho publicou igualmente várias fotos em que aparece com Fidel e o irmão, Raúl, e a sua filha, Xiomara Hortensia Zelaya, durante uma reunião realizada em Havana em março de 2009 depois de participar num encontro internacional de economistas.

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