O fim do Ramadão foi celebrado um pouco por todo o mundo. Em Jerusalém, milhares de fiéis fizeram orações numa mesquita na parte antiga da cidade. Em Gaza, apesar do cenário devastador, centenas de palestinianos realizaram orações matinais nas ruínas de uma das principais mesquitas de Rafah. Depois do Ramadão, muitos muçulmanos celebram esta quarta-feira o Eid al-Fitr. Maria João Tomás explica na SIC Notícias o significado da festa que celebra o fim do jejum do Ramadão.
"O Eid al-Fitr é a festa do fim do Ramadão, é verdadeiramente uma festa. Durante todo o Ramadão que começa no nono mês do calendário islâmico. É um calendário lunar, começa na primeira Lua nova visível no nono mês do calendário islâmico que todos os anos vai andando para trás perto de 11 dias. Este ano começou em março, para o ano começará em fevereiro e durante esse mês não se come nem se bebe nada do nascer ao pôr-do-sol. É duro. É muito duro.
É um momento de reflexão, de introspeção, porque o Ramadão celebra a revelação do Alcorão à humanidade e por isso é celebrado no mundo inteiro.
Desta forma, as pessoas devem ler o Alcorão, pensar no que lá está escrito, reler as vezes necessárias para ver de que forma a sua vida esteve de acordo com os preceitos do Alcorão, portanto, é um mês de recolhimento", começa por explicar, em entrevista na SIC Notícias.
À quebra do jejum durante o Ramadão dá-se o nome de Iftar, nessa altura o ritual começar pela ingestão “de uma tâmara e leite de tâmara e depois a seguir janta-se. Durante a noite muitas vezes reza-se e fica-se a rezar ou então a dormir e depois há a oração da manhã”, refere Maria João Tomás.
De acordo com a comentadora da SIC, quando acaba o Ramadão, celebra-se a festa de hoje, que é a festa do convívio, da amizade, da família, onde as pessoas podem voltar a estar juntas. Esta celebração acontece na primeira Lua Nova do décimo mês, faz-se uma oração “onde todos os muçulmanos, sobretudo os homens, as senhoras ficam em casa, reúnem-se para fazer uma oração extraordinária, que é a oração do fim do Ramadão”.
"Nessa festa, a primeira coisa que se faz a seguir à oração é comer um ou dois doces, que é algo que deveria estar um pouco recatado durante o Ramadão.
Hoje há grandes almoços, junta-se a família toda, vestem-se roupas novas e de alguma forma as pessoas vestem-se de festa. As mesquitas oferecem sempre estes momentos de convívio", acrescenta Maria João Tomás.