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Passos Coelho sublinha que é “do PSD”, apesar de ficar “satisfeito” com apoio de Ventura

O antigo líder do PSD rejeita os rumores de uma aproximação às visões do Chega, na apresentação de um livro que tem estado a gerar polémica, pelas visões conservadoras que defende.

SIC Notícias

Rita Carvalho Pereira

Pedro Passos Coelho sublinhou, esta tarde, que julga que “ninguém tenha dúvidas” de que é um social-democrata, perante as vozes que o associam a uma maior proximidade ao Chega.

A garantia foi deixada, esta segunda-feira, em declarações aos jornalistas, à entrada da apresentação do livro “Identidade e Família”, que contém mais de duas dezenas de textos, antiprogressistas, escritos por personalidades conhecidas da Direita Conservadora.

Questionado sobre uma eventual aproximação ao Chega, a resposta do antigo líder do PSD e ex-primeiro-ministro foi imediata: “Não me diga! Eu sou do PSD. Julgo que não há ninguém que tenhas dúvidas sobre isso”.

Ainda assim, Passos Coelho admitiu ficar “satisfeito” com a presença do líder do Chega na apresentação do livro.

“Fico satisfeito que o dr. André Ventura possa estar. Não sabia que estava. Fico muito satisfeito com isso, como fico que muitas outras pessoas possam estar”, declarou.

Em relação ao conteúdo do livro “Identidade e Família”, apresentado esta segunda-feira, e que tem estado a gerar polémica, pelas visões que corrobora, Pedro Passos Coelho afirmou considerar que, atualmente, “há muitos desafios” à família.

“Uma das razões por que me parece que é útil esta abordagem, que é muito diversificada, é porque permite uma discussão. E quando nós queremos discutir as coisas com seriedade, devemos tomar diversas visões e discuti-las com o espírito aberto, com um espírito tolerante”, continuou.

“Impressiona-me um bocadinho que o espaço público esteja demasiado dominado por caricaturas. Muitas vezes, colam-se demasiado rótulos às coisas”, continuou o antigo líder social-democrata, que considera que “há hipersimplificações que são feitas com um objetivo próprio, que é o de agredir, o de desqualificar, o de diminuir”.

O livro, agora apresentado, foi escrito por nomes como António Bagão Félix, César das Neves, Jaime Nogueira Pinto e Ribeiro e Castro e aborda situações sociais controversas, apontando o dedo a questões como a Ideologia de Género ou a Eutanásia.

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