Miguel Prudêncio salienta que a varíola dos macacos é uma doença com uma “gravidade muito inferior” à da varíola, “que tinha uma taxa de mortalidade elevadíssima”.
Em entrevista na Edição da Noite da SIC Notícias, refere que a variante da África Ocidental é “menos agressiva” que a da Bacia do Congo.
“São imprevisíveis as mutações que um vírus pode sofrer”, diz, acrescentando que não é possível prever se vão surgir e que consequências poderão ter.
Quanto aos sintomas, o especialista lembra que as pessoas “não são todas iguais” e que vão reagir e controlar a infeção de forma diferente.
Apesar de as pessoas assintomáticas terem menos probabilidade de transmitir, Miguel Prudêncio diz que as pessoas assintomáticas podem sempre transmitir. E realça que este vírus “não se transmite muito facilmente”.
Apesar de não haver uma vacina especificamente desenvolvida contra a varíola dos macacos, Miguel Prudêncio diz:
“Não é previsível que se chegue a uma vacinação em massa”.
Neste momento, há mais de 230 casos confirmados de varíola dos macacos em todo o mundo e a maioria concentra-se na Europa. Em Portugal, foram registados 58 casos. É o terceiro país europeu com mais casos. Todas as infeções são em homens entre os 23 e os 61 anos, sendo que a maioria tem menos de 40.
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