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Acreditar abre casa ampliada em Lisboa

A inauguração da nova casa aconteceu ontem e a ampliação permite que haja mais 20 quartos para apoiar crianças com cancro e as suas famílias.

Só em 2023, a Acreditar apoiou 711 famílias, através de 1735 apoios, onde se destaca o apoio económico

Sara Fevereiro

Aos 12 quartos iniciais acrescem outros 20 que permitem acolher famílias, crianças e jovens adultos que estão em tratamento em todos os hospitais da grande Lisboa, referiu a associação em comunicado. A obra de ampliação foi iniciada há dois anos, com o fim de acolher mais famílias e jovens - dos 18 aos 25 anos -, população que a Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro também já acompanha.

A obra de um edifício contíguo à casa já existente, cedido pela Câmara de Lisboa, ficou em cerca de 3,5 milhões de euros.

"As Casas da Acreditar normalizam a vida de a quem viu tão `virada do avesso` e isso só é possível porque toda a sociedade se uniu à Acreditar para esse processo de normalização", referiu Margarida Cruz, diretora-geral da associação, em comunicado.


120

é o número de famílias que a associação estima poder acolher, anualmente, em vez das 45 que habitualmente ajuda

Ontem, o presidente da Acreditar, João de Bragança, destacou que a obra “obedece a uma necessidade, não a um capricho, a uma vaidade”, quando se fala de “famílias fragilizadas, por causa de um diagnóstico de cancro num filho pequeno ou jovem, de famílias que tiveram que se separar e viver numa cidade longe de casa”.

A associação refere que as Casas Acreditar desempenham um papel crucial, aliviando a carga financeira e emocional associada ao tratamento oncológico, uma vez que as famílias ficam, gratuitamente, o tempo necessário aos tratamentos dos seus filhos.

Além de Lisboa, a Acreditar possui ainda a Casa de Coimbra, com 20 quartos, e do Porto, com 16 quartos, junto aos centros de referência em oncologia pediátrica, estando também presente na Madeira, em parceria com o Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.


Veja, no vídeo abaixo, a reportagem que o Tenho Cancro. E depois? fez aquando do decorrer da obra, em 2023.


Na inauguração esteve a ministra da Juventude, Margarida Balseiro Lopes, garantindo que o Governo está "disponível para apoiar estas crianças, estas famílias, estes jovens”, acrescentando que o apoio inclui garantir que “as leis que são feitas depois são verdadeiramente implementadas, nomeadamente a lei do esquecimento”.

Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, também marcou presença e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na impossibilidade de estar fisicamente na inauguração, deixou uma mensagem na qual destacou o ambiente mais acolhedor que a nova casa proporcionará, assim como o facto de poder haver mais apoio para as suas famílias: desde o apoio emocional, ao apoio material, financeiro e jurídico, apoio nas atividades de lazer, apoio escolar e logístico.

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