Em Espanha, as famílias confrontadas com um diagnóstico de cancro infantil podem agora recorrer à aplicação móvel "Viver com Cancro Infantil" para receber informação e apoio.
A iniciativa foi de Paula Rodríguez, da Associação Galbán, nas Astúrias, norte de Espanha.
Afetada por este problema, teve de gerir medos, incertezas e uma quantidade enorme de informações relacionadas com prognósticos, tratamentos e cirurgias.
Decidiu então criar uma ferramenta que possibilitasse o controlo e a organização do processo da doença.
Paula Rodríguez contou com a ajuda de Marta Eva, enfermeira pediátrica, na seleção dos dados que deveriam constar nessa aplicação: uma agenda com a marcação de consultas ou exames; uma área para responder à pergunta, “como se sente hoje?” em vários domínios como o estado de espírito, alimentação, nível de dor ou exercícios que a criança está a praticar.
Com estes dados, a aplicação fornece gráficos onde é possível avaliar a evolução de cada situação.
Além de apoio ao tratamento, concede também apoio emocional às famílias, contribuindo para criar uma comunidade.
Esta aplicação tem ainda uma agenda para a parte do lazer, considerada fundamental para as crianças com cancro.
Todos os anos, em Espanha, 1500 crianças são diagnosticadas com cancro. Embora com uma taxa de sobrevivência de 80%, cada caso é um caso, variando de doente para doente, especificidades que a referida aplicação contribui para definir.