Em boa parte, a descoberta das vacinas contra a covid-19 deve-se, ao investimento feito, nas últimas décadas, na investigação do cancro.
O IPO do Porto é um bom exemplo do trabalho que está a ser feito em Portugal na área dos ensaios clínicos e da chamada Oncologia de Precisão.
Quando há dois anos o IPO do Porto criou a primeira Unidade de Ensaios Clínicos de Fase Precoce, Portugal estava a dar um passo muito importante na chamada Oncologia de Precisão.
A Oncologia de Precisão analisa o genoma, ou seja, o bilhete de identidade genético do tumor, de forma mais pormenorizada. Isso permite acompanhar o doente através de um programa específico e mais adequado ao seu estado clínico.
Mais 200 doentes já beneficiaram do programa. E cerca de 20 participaram em ensaios clínicos.
Por detrás de cada terapia contra o cancro, de cada novo fármaco ou técnica, estão anos e anos de investigação.
A medicina, como atualmente a conhecemos, tem se beneficiado muito da Ciência e das descobertas feitas em laboratório.
50% da investigação clínica que se faz a nível mundial, na área médica, está relacionada com o cancro.
Na área clínica, o IPO do Porto já está em pleno funcionamento. Mais de 100 ensaios estão neste momento a decorrer.
Em ensaios de fase precoce, o procedimento passa por recolher e fazer uma análise das amostras do tumor, de forma a identificar quais os genes que estão alterados
Portugal parece ter uma oportunidade de ouro numa altura em que a Europa, através da Missão Cancro, pretende direcionar grande parte do investimento em oncologia - 4 mil milhões de euros - para o desenvolvimento da investigação.
Disponibilizar mais tratamentos dirigidos, personalizados e com menor toxicidade, que garantam uma melhor qualidade de vida ao doente oncológico, é o grande objetivo da investigação do cancro.
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