O cancro infantil atinge 400 crianças por ano em Portugal, sendo que a taxa de cura ronda os 80%. Apesar de a maioria das crianças atingir a idade adulta com uma vida normal, o estigma do cancro persegue-as para sempre.
Os pacientes enfrentam, muitas vezes, recusas de seguros de vida. E quando não são recusados, as condições são penalizadoras, com prémios muito agravados.
Omitir o passado e esconder a sua situação presente é, muitas vezes, a forma que os sobreviventes oncológicos encontram para resolver os problemas.
O projeto de lei que prevê o Direito ao Esquecimento pode ser o primeiro passo para resolver muitos dos problemas dos sobreviventes oncológicos. Como já acontece em muitos países europeus, em que os doentes não têm de revelar o seu passado ao fazer um seguro de vida.